8 de junho de 2009

Um Homen

Um velho cruza a soleira, vagarosamente, pele pálida, mas queimada pelo sol, corpo esquálido, magro, muito magro, seus olhos marcavam a idade, se corpo demonstrava o cansaço dos longos anos vividos, pés rachados descalços, cintura fina se equilibrando em pequenas e finas pernas.

Parei na esquina para olhar aquele estranho ser que vinha em minha direção, passos devagar, quase se arrastando, poderia ter ido até ele e oferecer ajuda, mas não, fiquei imóvel, meio atônito, simplesmente bobo.

Ele sem olhar para mim passou ao meu lado e seguiu em frente, estranhamente eu era a única pessoa que o fitava, mais calmo ainda ele desceu os degraus que findavam a rua em uma pequena calçada, cumprimentou semelhantes e banhou-se no mar.

Só então percebi o valor da maturidade.

francoa