30 de outubro de 2008

A Lei da Atração !!!

Agora o que mais me atrai são os olhos, e sempre foi assim, bom, se sempre foi assim, então, porque começar este texto com "agora"?
O motivo é bem simples, ou até mesmo possa parecer estúpido, somente agora percebo que o que sempre me encantou foram os olhos. Nas propagandas mostravam seios, barrigas e bundas, e até acho muito sensual, mas não era nada daquilo que mais me encantava.
Adoro os olhos, são partes muito frágeis do nosso corpo, e ele como um todo pode ser trabalhado, musculação, botox e outras coisas.
Mas os olhos não! Somente uma lente pode ser colocada como disfarce.
Uma pequena pele encobrindo seu verdadeiro eu!!!!
Os olhos contém um mistério, são partes fundamentais de uma expressão...
Lembre-se daquele olhar, da garota na boate (ou do rapaz, como preferir), aquele que parece que te chama, e quando você responde ele some num piscar te provocando. Sim este é o olhar. Aquele que você a encontra, e ela joga seus olhos ao chão, te convidando para uma conversa, convidando-te para um simples “oi”, você atende ao pedido e eis que ela vai subindo seus olhos vagarosamente angustiando-te até ambos se fitarem.
Estes são os olhos que me encantam.

francoa

Tragédia

Disseram:
- Dê um passo adiante e já não estará mais no mesmo lugar.

Ele acatou.
Mas estava na beira do precipício...

Agora ele não está mais em lugar algum.



[marcelo doro]

14 de outubro de 2008

Sobre seios, silicone e filosofia


Bem, a ordem não vai ser exatamente aquela anunciada pelo título. Inverto a ordem dos prazeres e começo com a filosofia, que é bem menos aconchegante que o peito feminino, mas que também pode render alguns deleites.

Há quem ignora a influência grega sobre a atual sociedade, mas ela existe, profundamente enraizada no nosso modo de conceber o mundo. Não vou entrar em pormenores, apenas darei um exemplo periférico: perceba o jeito como cada um de nós se refere às partes do próprio corpo. “Minha” mão, “meu” pé, “minha” barriga... Usamos pronomes possessivos, como se essas coisas fossem propriedades. Mas, oras?!, propriedade de quem? Afinal, “somos” um corpo, ou “temos” um corpo?

Facilmente podemos concluir, hoje, que somos esse corpo que sofre a dor e goza o prazer. Somos esse corpo belo ou feio que reflete no espelho. Sendo assim, se somos esse corpo, porque dizer que ele é “nosso”? Aqui que entram os gregos. Um grego em especial: o Platão. Ele estava preocupado em resolver um problema que afligia seus contemporâneos: como explicar a mudança das coisas e, ao mesmo tempo, justificar a possibilidade do conhecimento? Por um lado, a observação mostrava que o mundo e as coisas estavam constantemente se transformando (tudo flui... ninguém entra duas vezes no mesmo rio – disse Heráclito) e, por outro lado, se se considerar que as coisas realmente estão em constante mudança, como poderíamos falar com conhecimento sobre elas? Se esse fosse o caso o nosso saber sobre o mundo estaria sempre desatualizado, pois quando achamos que compreendemos algo, aquilo já não é mais!

Pode parecer uma discussão trivial, mas foi decisiva para os rumos da civilização ocidental. Foi esse dilema que instigou Platão a desenvolver o seu sistema filosófico, baseado em dois mundos: o mundo das coisas sensíveis e perecíveis – o mundo que se tranforma, se altera – e o mundo supra-sensível – o mundo das coisas constantes, que não mudam. O mundo sensível, como o nome sugere, é composto por coisas acessíveis aos sentidos; tudo o que podemos sentir, tocar, ver e etc. Já o mundo supra-sensível é composto por idéias, por conceitos, que são as matrizes de tudo o que existe no mundo sensível. Com essa simples distinção de mundos Platão conseguiu fornecer uma resposta satisfaria ao problema do conhecimento e da constante transformação das coisas: as coisas mudam, sim, concorda ele, mas isso não é relevante para o conhecimento, pois este abrange as idéias, os conceitos, que pertencem ao âmbito das coisas eternas, que não se transformam. O rio nunca é o mesmo, suas águas não se repetem e nem seu leito se conserva o mesmo, mas, mesmo assim, podemos conhecer o que é um rio, pois nosso conhecimento não se refere a um rio sensível que se transforma a cada instante, se refere ao conceito-rio, à idéia supra-sensível de rio. Essa idéia não muda nunca!

[continua]


marcelo doro

12 de outubro de 2008

Nostalgia dos tempos de carreira solo


Divagava eu sobre os prós e contras da vida de solteira e vice-versa e cheguei à uma conclusão: sem dúvida a vida dividida com alguém é infinitamente mais interessante. Ela pode ser monótona, pode-se brigar, divergir, mas isso depende da cada casal e de como a relação é conduzida.
No tempo que estava “à granel”, inconscientemente buscava uma companhia, alguém para aquecer meus pés, pois mesmo no verão eles ficam geladinhos. Não adianta o solteiro negar, porque no fundo ele quer uma pessoas para compartilhar seus momentos bons e ruins, precisa daquele tipo de companheirismo que os amigos não podem dar, tudo fica mais saboroso quando estamos apaixonados e nos dedicamos à pessoa amada. Mas, não dá para negar que a vida de solteiro possui seus atrativos: os amigos te convidam para todo e qualquer programa, pois tem certeza que tu irás aceitar e ainda, que não tens horário para chegar em casa, muito menos dar satisfações para ao outro (a).
Uma questão interessante: quando saímos acompanhados nos preocupamos se a pessoa está a apreciar o ambiente, se simpatiza com seus amigos/parentes (aquela tia chata) ou acha tudo entediante e quer ir logo para casa dormir. É uma nova forma de viver: é aprender a respeitar o espaço alheio e ceder, sempre ceder em troca da mais sincera felicidade. Aquela felicidade intensa, não uma pseudo-alegria passageira que uma noitada certamente te dará. É um sentimento de proteção, de entrega e confiança: poder acreditar e saber que alguém te espera.
A cerca do lado financeiro, o solteiro sempre gasta com “bobagens”, bebedeiras e investimento próprio. Sempre existe uma parte do enxuto orçamento que dá para adquirir aquele mimo para o ego. O enamorado pensa no conjunto e namoradas que adoram presentear, como eu, tem de se controlar para manter em ordem o tal orçamento e ouvir: “tu sabes que não gosto que gastes com presentes pra mim”. An? Como assim?! Na verdade, ele gosta. Sei que sim.
Este, é um assunto delicado, onde sempre teremos indivíduos com distintas opiniões. Cada um com bons argumentos mas, quando nos encontramos do outro lado da moeda, parece que constantemente temos razão, não é? A estalibidade e o conforto de estar nos braços da pessoa amada, não têm preço, bem como poder sair soltinha por aí também não. Voto no equilíbrio.
Qual o seu argumento?

Leomaris W.

10 de outubro de 2008

Chanson

"Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
A sombra uma paisagem
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra ao meu favor
Às vezes eu pressinto
E é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussura em meu ouvido
Só o que me interessa
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa".

Labiata, Lenine.

Leomaris W.

9 de outubro de 2008

Muros e grades




Há tempos, penso em escrever sobre o individualismo e por conseqüência, o egoísmo. Mas percebi que também me torno uma pessoa individualista. Quem sabe, isso seja contagioso ou de tanto repetirmos certas atitudes, elas sejam calcificadas com o tempo e se torna perturbador identificar tais erros, quiçá, admiti-los e tentar consertá-los.
Passo por um momento de escolhas, decisões e medos, muitos medos. Mas não é um pouco de narcisismo de minha parte canalizar esses temores ao redor do meu umbigo? Como se apenas eu sofresse ou temesse fazer a escolha errada? Creio que muitos passem por momento nebulosos. Improvável que todos os dias sejam constantemente cinzas, apesar d´eu apreciar a cor, gosto da vida mais colorida.
Eu me pergunto isso toda hora, mas a resposta é sempre o silêncio.
Será que as pessoas se afastam uma das outras por serem individualistas? Por falta de tempo? Ou será por falta de paciência para ouvir o outro? Eu tento me esforçar, juro que tento. Quando gostamos de alguém, é preciso que exista dedicação e respeito, dois ítens imprescindíveis para qualquer relacionamento e por vezes, são deixados de lado, ignorados: ah, deixemos para depois, amanhã nos falamos, não tenho tempo para você.
Não se percebe que os sentimentos têm pressa, não há como programar: fica artificial, ensaiado e certamente não é isso que o coração clama. É com sutileza, bom senso e dedicação que devemos conduzir nossas relações. Quantos esforços em vão! De tanto arquitetar, os muros que nos separam dos outros estão mais altos, afinal, precisamos de proteção. Proteção do quê/de quem? Se trata de excesso de vaidade. Ninguém vai me dizer o que sentir pois demanda muita energia dar atenção ao outro mas, sendo otimista, é impossível ser feliz sozinho.

"Ela começou a crescer, parecia vir do nada. Ficou horas se arrumando e ajeitando suas pétalas... E é linda! Mas também orgulhosa, caprichosa e contraditória".


Leomaris W.

8 de outubro de 2008

Diferenças

Meninas provocam, mulheres seduzem.
Meninas mandam, mulheres comandam.
Meninas protestam, mulheres reivindicam.
Meninas são perigosas, mulheres também.

Mulheres são serenas, meninas agitadas.
Mulheres são constantes, meninas impulsivas.
Mulheres são doces, meninas picantes.
Mulheres são letais, meninas também.

Meninas nem sempre sabem o que querem, mulheres sim.
Meninas não conhecem limites, mulheres sim.
Meninas são complicadas, mulheres também.

Mulheres têm planos, meninas medos.
Mulheres têm afinco, meninas disposição.
Mulheres são mandonas, meninas também.

Meninas suscitam paixão, mulheres amor.
Meninas são alegres, mulheres descontraídas.
Meninas são livres, mulheres independentes.
Meninas nos fazem tremer, mulheres também.

Mulheres são livros, meninas são filmes.
Mulheres são romance, meninas aventura.
Mulheres são tradicionais, meninas da moda.
Mulheres são irresistíveis, meninas também.

Há meninas que muito cedo se tornam mulheres;
Há meninas que nunca se tornam mulheres;
E há mulheres que nunca deixam de ser, também, meninas.

[marcelo doro]