29 de dezembro de 2009

Sem tempo para mais nada.

O ceu esta escuro, acho que um temporal vai cair

Sonhos se somem, e o vento a ugir, voses ecoam longe

O tempo insiste a investir, a muita fumaça no céu

É melhor sair daqui.

Temporais se formam, muita agua vai cair

Sinais de chuva teimam a fingir

Olhos choram e bocas em tons de azuis a tingir

Tenho medo do escuro que agora esta aqui.

O tempo se fechou, ficou triste aí

Mais flores colhem nos campos

Muita fome a surgir, pessoas correm sozinhas

Sem nada a sentir.

Meu tempo esta se acabando, tenho pouco a mentir

Esta chegando minha hora, tenho medo de dormir

Uma mulher me abraça com mão frias de tipiti

Seus olhos escuros não olham pra mim.


françoá

23 de dezembro de 2009

Sem sentido

e se fosse verdade
que as flores morrem no inverno
e as almas fogem do corpo
ainda sim seria muito bom

mas os pobres perdem a escola
e seu corpo sofre de fome
e as unhas cavam onde acham
e fogem de fogo de dor
e as flores não morrem
se você se for

mas meu mundo sempre acaba
e seus sonhos se tornam realidade
e meus amigos se vão
meus sonhos de verão

sinto fome e dor e fingo
mas teu calor me aquece
no frio da sala
meu quarto mora alguém
que nada sinto

e campos de flores
em asfalto se tornam
e flores em pratas se tornam
e o ouro nada compra
teu amor


francoa

15 de dezembro de 2009

Nós... Os Malditos

Somos nós mesmos, aqueles que por tantos ou tantas, fomos desgraçados, por que não dizer amaldiçoados, talvez apenas mal amados, mas somos nós mesmos.

Fomos sempre nós que por anos nos desgarramos de sentimentos, opiniões, sempre sinceros, na medida de ser, ou até mesmos, podemos nos julgar culpados, cúmplices, vítimas inocentes de corpos muito bem intencionados.

E agora somos apenas malditos, benditos e eruditos.

Cantamos, bebemos, comemos, amamos e para terminar nestas noites insanas, fingimos, não apenas sorrisos falsos, mas gestos, carinhos e carícias, somos hipócritas, sem escrúpulos ou desprovidos de razões mundanas.

Não somos apenas únicos, somos diferentes, inocentes, calmos, paisanos, corpos mundanos que fogem da nossa própria razão de ser.

Somos os mesmos de sempre, mudamos de sinais, gestos amores e coisas tais, somos os mesmos que fogem ao memor olhar, temos olhos que não se podem sonhar, sentimentos escondidos e corpos... chega de corpos.

Odeio estes malditos.

Françoá

11 de dezembro de 2009

E no fim.

Talvez nunca tivesse sido real pra ti
mas foi suficentemente verdadeiro para mim.

apenas saudades de ti...

françoá

Não foi tão distante assim.

Há muito tenho esperado você por aqui
Para mim foi uma eternidade
Hoje à noite eu fujo do teu jogo
Eu choro enquanto ela canta
Vem cá e se perca por aí comigo
Suba no palco, pule na picina e se queime no fogo
Devagar, como você queria que eu fosse.

Eu penso, quando estou cantando junto de você
Se tudo pudesse ser tão real para sempre
Se tudo pudesse ser tão bom de novo
Se eu pudesse começar novamente com você
A única coisa que eu peço
É que você tem que prometer
Que nunca vai parar
E ela voltou a cantar.

Expire, então eu posso respirar por ti
Ainda dói dentro de mim...
E agora, eu sei que você sempre esteve
Fora de mim
Tão fora assim, mas tão longe que não pudesse te sentir
E se tudo pudesse ser real novamente
ainda assim estarei fora de mim.

françoá

Que vontade de voltar a morrer....