25 de novembro de 2007

Paranóia insolênte

Vamos lá, faz tempo que não escrevo nada. Acontece que depois que decidi não abordar mais o tema “mulheres”, fiquei meio sem assunto. Já não existem mais tantas coisas interessantes nesse mundo...

Vou falar de política. (Mas, por favor, não abandone a leitura.) A política é uma área que sempre tem muita coisa para ser considerada. Não que eu tenha algo de novo para dizer, além daquilo que todo mundo sabe: que se trata de um terreno ambíguo, onde o que é não parece e o que parece não é. Ou seja, que se trata de uma grande e sonolenta confusão. Mas não vamos ser injustos, talvez existam mesmo coisas boas e belas na política. Pode ser apenas uma questão de ponto de vista – do ponto de vista dos nossos políticos lacaios, por exemplo, a política deve ser realmente um negócio bom! (rs).
O importante é não perdermos a esperança. Podemos até perder a calma; a esperança, jamais.
Eu sei que está cada vez mais difícil confiar. Sei que o acúmulo de desilusões nos oprime. Sei que já não temos a ingenuidade iluminista de acreditar que a historia caminha sempre para estágios de maior harmonia e perfeição. Sei que Deus já não faz tantos milagres quantos costumava fazer em tempos remotos. Sei que a ciência já não nos traz a mesma euforia que proporcionava em outras épocas. Sei que já não nos restam grandes causas, depois da ruína do sonho socialista. Sei que o egoísmo humano parece se fortificar sempre mais e mais. E sei, também, que não se sabe ao certo onde tudo isso vai levar. Mas, e daí, se a vida não é tão colorida quando gostaríamos que fosse? Qual é o problema de o mundo ser esse lugar tão estranho? Vamos por isso nos fechar no nosso micro-cosmo e esperar o tempo passar para junto passarmos pela vida? Não, né! É preciso acreditar. E lutar.

[não, não vou me candidatar! rsrs]

marcelo doro

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