3 de setembro de 2008

Marcas do tempo - XI Parte

Quando tudo parecia perdido, sempre surgia um homem com força, era uma força incomum, não levantava pesos, ou movia montanhas, mas fazia que todos esforçassem ao máximo, nem que fosse pela ultima gota de suor. Era um sorriso, uma palavra, ou até mesmo um breve olhar, e todos estavam carregados, era munição nova. E isto era realmente explosivo, facinante, como um simples gesto, por mais involuntário que fosse, poderia motivar tanto, um simples homem, que cansado, resolvera, por assim dizer, se suicidar, empunhando sua arma e avançando. Um simples gesto, que fazia um pelotão inteiro avançar, encurralando o inimigo.

Hoje se perguntam quem realmente era o inimigo, nossos inimigos não eram os homens que atiravam em nós, que morriam conosco, que matavam conosco, que se suicidavam, nossos verdadeiro inimigo era nossos ideais, palavras que nos motivavam, gestos que nos comandavam, e aqueles que por nós morreram.

Estes foram nossos maiores inimigos, hoje o nosso desafio é manter-se vivo, com a mente sã, e esta é a maior de todas as batalhas, que nem todos conseguiram vencer, é uma luta árdua, travada todos os dias. Ela nos acorda de noite, não nos deixa dormir, assim como nos campos, ela quer nos vencer.

As crianças gostavam de ouvir suas histórias, divertiam-nas ver o tio todo empolgado, falando baixinho, com uma autoridade de quem foi um grande general, para eles não fazia a menor diferença entre um grande capitão, ou um simples enfermeiro, ele esteve lá, tinha uma arma, e fez a guerra. Por causa dele, hoje temos desfile no dia da Independência, balões, fogos, e algodão doce.

francoa

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