28 de julho de 2008

fuga número 2

Fui seguido na rua por um moribundo que queria saber meu nome
estava tão assutado que fugi sem olhar para traz,
ao dobrar a esquina, vi ele sangrando no chão.. somente por compaixão.

Nunca voltaria a rever aquele homem, e não seria eu que o savaria
Por que não voltar, não tenho nada a perder
mas ele pode estar armado, palavras são as piores balas, e bom... 

É hora de fugir

Corro para meu quarto, não quero ver ninguém, não ousem bater em minha porta
Ela tem uma chave grande, quem perdeu a direção.
Estou com medo, o velho quer me ver
E se olhar em seus olhos, e me perder.

Minha ganancia pode ser maior de tudo, mas meu orgulho não
Escrevo palavras sem nexo, tento fugir de mim mesmo
Uma sexta feira fria, um sábado de boates lotadas, caminho solíto na rua, ninguém pode comigo

Aquele homem insiste em falar comigo
"quem matou a poesia.... tanto quanto lavras, a utilidade das palavras..."
Meu som grita por uma voz, mas ela não responde, telefone que não toca
Meu silencio grita mais

Garotas joviais com belezas estúpidas paradas em frente a câmeras fotográficas fazendo poses idiotas
Apenas por segundos preciosos de glamour, não quero mais estar com vocês
Vou fugir novamente onde somente podem me encontrar que queira conversar
 
"Tem sido um dia ruim. Por favor não tirem uma foto"

francoa

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