25 de outubro de 2007
...
Sua casa, oh dona da noite é meu segundo lar.
As suas meninas, os seus namorados e a minha música...
Eu andava acabrunhado e só perdido e sem lugar.
Feito um galho seco arrastado pelo temporal.
Pensei até em enrolar minha bandeira e dar no pé.
Eu pensei até em jogar fora a minha história, os documentos e aquela fé.
Todos nós somos herdeiros do nada.
Frutos da união entre o desencanto e a canção.
Gerados no ventre da noite. Na dor da paixão.
Fazia tempo que o sol não derramava luz na minha vidraça.
Depois que tudo passa. O vento leva as nuvens negras noutra direção.
A dor e a paixão nasceram na noite.
Os sonhos são filhos da noite.
Senhorita de pernas bonitas.
Dá-me o prazer de mais uma dança?
Cavaleiro. Irmão de esperança. Já é quase amanhã...
Ainda bem que me restou o seu sorriso que me ilumina a alma.
Que me acalma quando é preciso.
E como eu preciso!
lino
Para alguém muito especial...
Quando fora de hora cheguei
Vim te ver pra me alimentar e colher
do que plantei.
Nas esquinas de cada manhã
Das manhãs que a vida me deu
Te busquei e era um tal de vagar pelos cantos
Meu canto e eu.
Onde vou?
Uma sombra que voa preso na esteira de cada ilusão
Um passageiro à espera de condução
Sempre sonha... Sonhador
O meu horizonte é onde vou estar amanhã
Qual talismã? A ponta do seu olhar e me acompanha.
françoá
Na parte fria da cidade, a noite é mais escura.
Ela o olhou e ele sentiu uma centelha latejar no osso.
Foi então que se sentiu só e desejou não a tela conhecido.
E ficou a espreita ao simples girar do destino.
Eles caminharam pelo velho canal.
Um pouco confuso, ele se lembra bem.
E pararam em um hotel estranho, com a luz de néon brilhando alto.
Ele sentiu o calor da noite lhe bater como um trem de carga.
Um saxofone de algum lugar distante tocava enquanto ela passava pelo fliperama.
Enquanto a luz invadia uma cortina poluída onde ele estava acordando.
Ele acordou, o quarto estava nu, ele não há viu em lugar algum.
Ele diz para si mesmo que ela não se importa. Empurra a janela para abrir toda.
Sentiu um vazio por dentro do qual ele não conseguia entender.
Ele ouviu o relógio marcar o tempo e caminha com um papagaio que fala.
Caça ela lá no caís do porto aonde todos os marinheiros chegam.
Talvez ela o escolha novamente, quanto tempo ele precisaria esperar.
Pessoas dizem que é pecado saber e sentir demais por dentro.
Ainda creio que ela era minha alma gêmea. Mas eu perdi o anel.
Ela nasceu na primavera, Mas eu nasci tarde demais.
Ele foi eu, mas eu nunca consegui se ele, sempre mudando, como folhas postas ao vento.
Nunca mais deixarei de ele voltar...
Mas do que adianta por a culpa no destino...
Ele nunca se perguntou se podia simplesmente ir embora, e agora sente a falta que ela o faz, de nada adianta ligar para ela, ela não o atendera. Sempre é bom provar do próprio veneno, mas isso eu não quero para mim.
Ele destila o próprio sangue sem saber que resposta quer, apenas quer esquecer.
Ri sozinho, acha engraçado ter sido pela primeira vez usado, fica indignado e ela não o atende, promete-se que nunca mais vai ligar, mas liga... sempre liga, não adianta fugir.
Agora ele entende, ele foi apenas mais um, ou "one in a million"...
...isso deve continuar...
françoá
23 de outubro de 2007
um otário no mundo ...p. I
.
Muitas vezes sinto uma dor que me corrói por dentro, são lembranças de momentos bons e ruins, e em ambos não pude aproveitar. Não fui esperto, ou malandro, suficiente para saborear os prazeres da vida, devia ter sido mais candastrão, devia ter sido mais hiprócrita, devia ter sido mais estúpido, devia ter sido mais romântico.
Não devemos nos importar com os sentimentos dos outros, pois quando nos importamos, fica uma parcela do nosso por acontece, (compliquei...), sabe como é... é a história de não magoar a garota, de tentar fazer tudo certo... mas se ela está contigo, ela não quer o certo, ela quer você e é neste ponto que tudo muda.
Sim, são os bonzinhos que se casam com a garota mais linda da classe, mas são os cafagestes que, (não me levem a mal..) aproveitam da sua virgindade. O bonzinho é o cara que no final da história se casa na igreja, de terno, espera pela noiva, linda... de véu e grinalda, toda de branco, quase pura, (fora aquela noite, hummm...), aquela que deverá ser guardada no fundo do baú das lembranças como um doce sonho, mas que nunca será revelada, (ou não deveria).
E é neste momento que eu me ferro. Deveria se o canastrão, mas nunca fui, não participei das festinhas de oba-oba, nunca fui a orgias, mas também não sou santo.
É claro que já fui na "maloca", (como dizia o Adoniran Barbosa... "Saudosa maloca, maloca querida Dim dim donde nóis passemo dias feliz de nossas vida..."), mas não é por isso que eu vou para o inferno, se é que isso existe.
Mas voltando ao que interessa, importo-me muito com os sentimentos dos outros, penso, (deveria pensar menos!), em não magoar. Isso é foda!!! E neste momento deixo de aproveitar da situação... das meninas bêbadas... das inocentes burrinhas...
Tenho que tomar ferro mesmo, quando todos falavam o que tinham feito na noite anterior, eu ficava com aquela vontade de quero mais, puta merda!!! gosto de conversar, de conhecer, não procuro uma namorada na noite, mas também não gosto pegar pelo braço dar um beijo e dizer adeus... tem que ter um mínimo de sentimento, (pelo menos saber o nome dela....)
To be continued...
françoá
Depois do tempo da ilusão... p. II
Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não.
...Mas as coisas findas, muito mais que lindas essas ficarão."
...
.mas com o tempo novo, tudo muda, até eu mesmo mudei, (ou melhor mudaram-me), não nos tornamos outra pessoa por um simples desejo de mudar... não é tão simples assim...
Há muito de nossas vidas, que simplesmente nos são impostas, (gostando delas, ou não), mas assim deve ser feito, Drummond dizia: "Aprendi novas palavras e tornei outras mais belas."
Isto é o nosso mundo, aprender e mudar, pois quanto mais aprendemos, maior fica a percepção que quanto grande era, ou ainda é, a nossa ignorância.
Sinto um desprezo profundo de todos que se julgam os donos da verdade, eu mesmo não compreendo o conceito de verdade, (talvez minha estupidez seja muito maior do que eu mesmo posso imaginar).
"Ó burocratas!
Que ódio vos tenho, e se fosse apenas ódio...
É ainda o sentimento
da vida que perdi sendo um dos vossos.
...
françoá
19 de outubro de 2007
nada melhor do que ter humor....
do "Poeta" Paulo de Carvalho, Eu Não Quero Mais
Introdução: (música de domínio público)
"...a mulher e a galinha, são dois bichos interesseiros, a galinha pelo milho e a mulher pelo dinheiro..."
Nunca permita que a dúvida tome assento
Nunca acredite que todas elas são iguais
Cada tristeza tem um rosto diferente
E quem está só acha todas as mulheres fatais
Você testá muito segura e você é mesmo demais
Só que eu não quero mais!
Eu te mostrei o caminho, mas você não veio
Fica fazendo cu doce e jogando comigo
Temos um belo começo parado no meio
E você vem com essa de sermos bons amigos
Você testá muito segura e você é mesmo demais
Só que eu não quero mais!
Continue deste jeito e você vai dançar
Já segurei outras barras piores que esta
Caio, me arrasto, me acabo, mas volto a andar
Pode até demorar mas eu vou sair desta
Nunca permita que a mágoa tome assento
Ter meia felicidade é estar meio triste
Sonhe e beije e ame mas fique atento
O seu lance tem que ser o melhor que existe
Você está muito segura e você é mesmo demais
Só que eu não quero mais
A única loira que presta é uma cerveja
A única morena séria é uma cuba libre
Chame o garçom, pague a conta
Elas matam a sua sede
Mude de bar, peça outra e ainda será livre
Você caiu da cadeira e já bebeu demais
E tô querendo mais!
françoá
Caso do Vestido
...
Nossa mãe, o que é aquele vestido, naquele prego?
Minhas filhas, é o vestido de uma dona que passou.
Passou quando, nossa mãe? Era nossa conhecida?
Minhas filhas, boca presa. Vosso pai evém chegando.
Nossa mãe, dizei depressa que vestido é esse vestido.
Minhas filhas, mas o corpo ficou frio e não o veste.
O vestido, nesse prego, está morto, sossegado.
Nossa mãe, esse vestido tanta renda, esse segredo!
Minhas filhas, escutai palavras de minha boca.
Era uma dona de longe, vosso pai enamorou-se.
E ficou tão transtornado, se perdeu tanto de nós, se afastou de toda vida, se fechou, se devorou, chorou no prato de carne, bebeu, brigou, me bateu, me deixou com vosso berço, foi para a dona de longe, mas a dona não ligou.
Em vão o pai implorou.
Dava apólice, fazenda, dava carro, dava ouro, beberia seu sobejo, lamberia seu sapato.
Mas a dona nem ligou. Então vosso pai, irado, me pediu que lhe pedisse, a essa dona tão perversa, que tivesse paciência e fosse dormir com ele...
Nossa mãe, por que chorais? Nosso lenço vos cedemos.
Minhas filhas, vosso pai chega ao pátio.
Disfarcemos.
Nossa mãe, não escutamos pisar de pé no degrau.
Minhas filhas, procurei aquela mulher do demo.
E lhe roguei que aplacasse de meu marido a vontade.
Eu não amo teu marido, me falou ela se rindo.
Mas posso ficar com ele se a senhora fizer gosto, só pra lhe satisfazer, não por mim, não quero homem.
Olhei para vosso pai, os olhos dele pediam.
Olhei para a dona ruim, os olhos dela gozavam.
O seu vestido de renda, de colo mui devassado, mais mostrava que escondia as partes da pecadora.
Eu fiz meu pelo-sinal, me curvei... disse que sim.
Sai pensando na morte, mas a morte não chegava.
Andei pelas cinco ruas, passei ponte, passei rio, visitei vossos parentes, não comia, não falava, tive uma febre terçã, mas a morte não chegava.
Fiquei fora de perigo, fiquei de cabeça branca, perdi meus dentes, meus olhos, costurei, lavei, fiz doce, minhas mãos se escalavraram, meus anéis se dispersaram, minha corrente de ouro pagou conta de farmácia.
Vosso pais sumiu no mundo. O mundo é grande e pequeno.
Um dia a dona soberba me aparece já sem nada, pobre, desfeita, mofina, com sua trouxa na mão.
Dona, me disse baixinho, não te dou vosso marido, que não sei onde ele anda.
Mas te dou este vestido, última peça de luxo que guardei como lembrança daquele dia de cobra, da maior humilhação.
Eu não tinha amor por ele, ao depois amor pegou.
Mas então ele enjoado confessou que só gostava de mim como eu era dantes.
Me joguei a suas plantas, fiz toda sorte de dengo, no chão rocei minha cara, me puxei pelos cabelos, me lancei na correnteza, me cortei de canivete, me atirei no sumidouro, bebi fel e gasolina, rezei duzentas novenas, dona, de nada valeu: vosso marido sumiu.
Aqui trago minha roupa que recorda meu malfeito de ofender dona casada pisando no seu orgulho.
Recebei esse vestido e me dai vosso perdão.
Olhei para a cara dela, quede os olhos cintilantes? Quede graça de sorriso, quede colo de camélia? Quede aquela cinturinha delgada como jeitosa? Quede pezinhos calçados com sandálias de cetim?
Olhei muito para ela, boca não disse palavra.
Peguei o vestido, pus nesse prego da parede.
Ela se foi de mansinho e já na ponta da estrada vosso pai aparecia.
Olhou pra mim em silêncio, mal reparou no vestido e disse apenas: — Mulher, põe mais um prato na mesa.
Eu fiz, ele se assentou, comeu, limpou o suor, era sempre o mesmo homem, comia meio de lado e nem estava mais velho.
O barulho da comida na boca, me acalentava, me dava uma grande paz, um sentimento esquisito de que tudo foi um sonho, vestido não há... nem nada.
Minhas filhas, eis que ouço vosso pai subindo a escada.
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françoá
16 de outubro de 2007
Uma vida em 4 atos...
Não sou escravo de ninguém
Ninguém é senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
.
Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal, me sabe o sopro do dragão.
.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será minha terra
Tem a lua, tem estrelas e sempre terá.
II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
.
Olha o sopro do dragão...
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III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
.
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
IV
- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe para trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.
Letras do Dado, Renato e Marcelo.
Pode ser encarada como o resumo de uma ópera...
Gosto da dramaticidade... se é que vcs me entendem... Gosto quando ele fala:
"...é a estupidez o que destrói, vejo tudo o que se foi e o que não existe mais..."
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francoa
Este post é em homenagem a minha melhor amiga .
Desilusão.. isto são várias músicas
Algumas palavras quando faladas não podem voltar
Passeia nos próprios pensamentos e com pensamentos ele não pode resolver o que está pensando
O futuro se sobressai, mas ele está lento e afundando no passado
Amaldiçoou o dia e deixou ele ir
Certa vez ela acreditou em todas as história que ele tinha pra contar
Um dia ela endureceu e os olhares vazios
Em cada canto de uma cela de prisão compartilhada
Ela não o quer
Esperando, olhando o relógio
São 4 horas é hora de parar
Diga a ela que não agüenta mais
Ela pratica o seu discurso
Enquanto ele abre a porta ela se vira,finge dormir enquanto ele a observa
Ela mente e diz que está apaixonada por ele, que não pode achar um homem melhor
Ela sonha em cores, ela sonha em vermelho
Falando sozinha: “Não há mais ninguém que precisa saber”
Voltam lembranças de quando ela era corajosa e forte
E esperando pela vinda do mundo
Ela mente e diz que ainda o ama, que não pode achar um homem melhor
Ela o amou, sim.....ela não quer partir desse jeito
Ela precisa dele, sim...por isso ela voltará novamente
...
françoá
Minha lista de desejos
Eu queria ser uma bomba de nêutron, e por uma vez eu poderia falhar.
Eu queria ser um sacrifício, mas se de alguma maneira ainda vivesse.
Eu queria ser um enfeite sentimental que você carrega.
Na árvore de Natal, Eu queria ser a estrela que fica em cima.
...
Eu queria ser uma evidência
Eu queria ser o chão para 50 milhões de mãos erguidas e que se abrem para o céu.
...
Eu queria ser um marinheiro com alguém que esperasse por mim.
Eu queria ser como um afortunado, tão afortunado quanto eu sou.
Eu queria ser um mensageiro e que todas as notícias fossem boas.
Eu queria ser a lua cheia à brilhar sob o capô de um carro.
...
Eu queria ser o souvenir, sobre o qual você guarda a chave da casa.
Eu queria ser o pedal do freio, do qual você dependesse.
Eu queria ser o verbo "confiar" e nunca te decepcionar.
...
Eu queria ser uma canção de rádio, a única que você sintonizou....
Eu queria, eu queria, eu queria, eu queria... (eu acho que isso nunca acaba.)
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Eu queria que você sofresse, da mesma maneira que eu sofro.
Eu queria que você fosse feliz, pois todos temos este direito.
Eu queria ser um plágio, para que nunca me chamessem de único ou "diferente".
Eu queria ter o direito de escolha, para que pudesse traçar o meu próprio caminho.
...
Eu queria ser um autor, para que minhas histórias nunca ficassem perdidas sem páginas.
Eu queria que você soubesse ler, para que um dia (talvez), você me entendesse.
Eu queria ser um raio de sol, para poder regular o mundo.
Eu queria ser a lua, para ser a dona das marés.
Eu queria que você não pudesse falar, para eu perder esse medo do "adeus".
Eu queria ser uma pedra, para que nada me atingisse.
Eu queria que as mãos servissem apenas para aplaudir.
Eu queria que as palavras fossem apenas boas.
Eu queria que nosso orgulho não fosse maior que nossa humildade.
.
e eu queria ser outro, para não ser eu mesmo... mas isto eu nunca vou conseguir....
.
françoá
14 de outubro de 2007
hooo mundo cruel...
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé...de gato
Me diziam, todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim
....
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás
...
De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim
Françoá
Pra falar a verdade, escrevi, ou melhor transcrevi a letra desta musica do chico, por que eu estava entediado, e se eu fosse escrever como me sinto neste momento, alguém ia querer se matar, daí eu ia ter que responder a um processo e blá.. blá..blá..blá..blá..
10 de outubro de 2007
um pouco de romance também é bom...
Estou afogando no rio das minhas lagrimas
Quando toda minha vontade acaba você me abraça
Preciso de você no escurecer do dia
...
Você me puxa como a lua puxa a maré
Voce sabe exatamente aonde guardo meu melhor lado
...
Que dias chegaram para nos manter afastados
Uma promessa quebrada ou um coração partido
Agora todos os passaros voaram para longe
Preciso de você no escurecer do dia
...
Chega a noite e você é só o que quero
Chega a noite, você pode ser minha confidente
...
Eu te vi na rua acompanhada
Por que voce não vem e descansa sua mente comigo?
Eu estou vivendo pela noite que roubamos
Preciso de você no escurecer do dia
Preciso de você no escurecer do dia
8 de outubro de 2007
Liberdade
Carta
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelheci: olha, em relevo, estes sinais em mim, não das carícias,(tão leves), que fazias no meu rosto: são golpes, são espinhos, são lembranças da vida a teu menino, que a sol-posto perde a sabedoria das crianças.
...
A falta que me fazes não é tanto à hora de dormir, quando dizias: “Deus te abençoe”, e a noite abria em sonho.
É quando, ao despertar, revejo a um canto a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho.”
...
C.D.A.
françoá
Momentos de reflexão...
Está escrito na sua página no orkut.. muuuito bacana mesmo
...
Nem todos os sonhos serão realizados
Nem todo choro será consolado
Nem todas as cancelas serão derrubadas
Nem toda a angustia será abafada
Será preciso fechar os olhos pra enxergar melhor.
Nem todas as notas serão ouvidas
Nem todas as perguntas serão respondidas
Nem todos os segredos serão guardados
Nem todos os desejos serão saciados
Será preciso calar pra se fazer entender.
Nem todo discurso será ouvido
Nem todos os conselhos serão seguidos
Nem tudo que vai irá voltar
Nem tudo que ficar, realmente estará aqui.
Será preciso calar pra se fazer entender.
Nem todo elogio será verdadeiro
Nem todos os aplausos serão sinceros
Nem tudo será como você quer.
Nem todos pensarão assim.
Será preciso perder para aprender.
Nem todos os amigos estarão por perto
Nem todos eles serão seus amigos
Nem toda indignação surtirá efeito
Seus defeitos, na verdade, são suas virtudes.
Será preciso encher os olhos para esvaziar o coração.
Não acredite em tudo que você ouve
Não confie em tudo que acredita,
Não esqueça de pensar duas vezes
Não esqueça de mudar de idéia
Será preciso duvidar para crer
Não esqueça o guarda-chuva
Não esqueça a luz ligada
Não esqueça de plantar uma árvore
Não esqueça de subir em uma
Será preciso simplificar para engrandecer
Sim o mal vencerá ás vezes
Sim tudo estará bem no final.
Um dia você dirá e ouvirá um sim
Sim tudo isso pode ser bobagem
Mas será preciso.
...
Françoá
2 de outubro de 2007
As belas que me desculpem...
Bem... toda mulher tem, portanto, sua parcela de beleza. Umas um pouco mais, outras um pouco menos, mas todas tem. Sendo assim, o que realmente pesa em favor de determinadas mulheres não é (pasmem!) a beleza. É outra coisa. É a personalidade (Sim, mulheres também tem... rsrs).
Quanto à personalidade das mulheres, pode-se identificar três sabores: doce, salgado e insosso. As doces são meigas, carinhosas, atenciosas, um tanto submissas e, com o passar do tempo, pegajosas. As salgadas não são tão afetivas, mas por outro lado são mais determinadas e incisivas. Já as insossas não são nem uma coisa nem outra, são meio “sem graça”.
No geral, as salgadas são as melhores: não enjoam. As doces são tentadoras: todo mundo sente vontade de vez em quando. As insossas lembram água: não tem lá muita graça, mas matam a sede.
Claro que algumas mulheres conseguem transitar do doce para o salgado e vice-versa. Isso é bom, ou melhor, isso é ótimo. Mas tem aquelas que transitam para o insosso e lá permanecem. Isso não é bom; é péssimo, na verdade! E tem também aquelas que enganam: vc jura que ela era “sem graça” e quando a conhece mais a fundo (com ou sem trocadilho - rsrs) acaba se surpreendendo.
No mais, essa teoria dos sabores (que não é bem uma teoria, mas uma constatação) pode ser útil para responder a questão “por que alguns homens traem?”. É simples: muito doce enjoa; sempre só coisa salgada, não dá; e só de água ninguém vive.
***por favor, não me interpretem mal; melhor nem me interpretarem***
marcelo doro
Mulheres, mulheres ....parte 4
Por que nos facina tanto... são apenas mulheres, mas um simples sorriso nos desmancham, uma simples ligação de telefone consegue apagar toda a raiva que sentimos após uma briga... Oh ser mais estranho.. de repente some, e sem mais aparece e some novamente...
Então montamos um crepúsculo para nos defender, mas vem de novo o velho olhar e aquele simples "você me desculpa?" ... quem que consegue resistir....
Estou tentando.... mas tá difícil... se alguém souber como.... por favor !! Me ensina, mas sinceramente... acho que não quero aprender...
Pra terminar.. o velho Chico
Você vai me seguir aonde quer que eu vá
Você vai me servir, você vai se curvar
Você vai resistir, mas vai se acostumar
Você vai me agredir, você vai me adorar
Você vai me sorrir, você vai se enfeitar
E vem me seduzir
...
Me possuir, me infernizar
Você vai me trair, você vem me beijar
Você vai me cegar e eu vou consentir
Você vai conseguir enfim me apunhalar
Você vai me velar, chorar, vai me cobrir
e me ninar
...
Franço
A Cúmplice
que seja diferente
de todas que eu já tive,
de todas tão iguais
que seja minha amiga,
amante, confidente
a cúmplice de tudo
que eu fizer a mais.
....
No corpo tenha o Sol
no coração a Lua
a pele cor de sonho
as formas de maçãs
a fina transparência
uma elegância nua
o mágico fascínio
o cheiro das manhãs.
....
Eu quero uma mulher
de coloridos modos
que morda os lábios sempre
que for me abraçar
no seu falar provoque
o silenciar de todos
e seu silêncio obrigue
a me fazer sonhar.
....
Que saiba receber
que saiba ser bem-vinda
que possa dar jeitinho
a tudo que fizer
que ao sorrir provoque
uma covinha linda
de dia, uma menina
a noite, uma mulher.
...
Françoá
...pode até ser meio romantica demais... mas também é linda demais...
Foi escrita pelo Juca Chaves
1 de outubro de 2007
Assim falou....
Perigosa para percorrê-la, é perigoso ir por esse caminho, perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar. O que é grande no homem é ele ser uma ponte e não uma meta. O que se pode amar no homem é ele ser uma passagem um declínio.
Eu amo só aqueles que sabem viver no estado de declínio porque são esses que chegam alto e além. Amo aqueles que cultivam um grande desdém, porque são aqueles que trazem em si grande veneração, são flechas do desejo disparadas para o outro lado da margem.
Amo aquele que vive para conhecer e que quer conhecer, para que um dia o viva. Assim é que a seu modo quer seu próprio declínio.
Amo aquele que ama a sua virtude porque a virtude é vontade de declínio e uma flecha do desejo. Amo aquele que não reserva para si uma só gota de seu espírito, mas que quer ser inteiramente o espírito de sua virtude, porque assim atravessa a ponte como um espírito.
Amo aquele que cuja alma é profunda, mesmo nos sofrimentos, e que pode morrer por qualquer acidente fútil, porque é de bom grado que cruzará a ponte. Amo aquele cuja alma transborda, a ponto de se esquecer de si mesmo e de que nele estão todas as coisas, porque assim todas as coisas convergirão para seu declínio...
....
e assim falou Zaratustra...
Françoá