25 de outubro de 2007

Na parte fria da cidade, a noite é mais escura.

Eles sentaram juntos no parque enquanto o céu da tarde escurecia.
Ela o olhou e ele sentiu uma centelha latejar no osso.
Foi então que se sentiu só e desejou não a tela conhecido.
E ficou a espreita ao simples girar do destino.
Eles caminharam pelo velho canal.
Um pouco confuso, ele se lembra bem.
E pararam em um hotel estranho, com a luz de néon brilhando alto.
Ele sentiu o calor da noite lhe bater como um trem de carga.
Um saxofone de algum lugar distante tocava enquanto ela passava pelo fliperama.
Enquanto a luz invadia uma cortina poluída onde ele estava acordando.
Ele acordou, o quarto estava nu, ele não há viu em lugar algum.
Ele diz para si mesmo que ela não se importa. Empurra a janela para abrir toda.
Sentiu um vazio por dentro do qual ele não conseguia entender.
Ele ouviu o relógio marcar o tempo e caminha com um papagaio que fala.
Caça ela lá no caís do porto aonde todos os marinheiros chegam.
Talvez ela o escolha novamente, quanto tempo ele precisaria esperar.
Pessoas dizem que é pecado saber e sentir demais por dentro.
Ainda creio que ela era minha alma gêmea. Mas eu perdi o anel.
Ela nasceu na primavera, Mas eu nasci tarde demais.
Ele foi eu, mas eu nunca consegui se ele, sempre mudando, como folhas postas ao vento.
Nunca mais deixarei de ele voltar...
Mas do que adianta por a culpa no destino...
Ele nunca se perguntou se podia simplesmente ir embora, e agora sente a falta que ela o faz, de nada adianta ligar para ela, ela não o atendera. Sempre é bom provar do próprio veneno, mas isso eu não quero para mim.
Ele destila o próprio sangue sem saber que resposta quer, apenas quer esquecer.
Ri sozinho, acha engraçado ter sido pela primeira vez usado, fica indignado e ela não o atende, promete-se que nunca mais vai ligar, mas liga... sempre liga, não adianta fugir.
Agora ele entende, ele foi apenas mais um, ou "one in a million"...
...isso deve continuar...

françoá

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