25 de outubro de 2007

...

Tô na batalha de um trampo e preciso ficar.
Sua casa, oh dona da noite é meu segundo lar.
As suas meninas, os seus namorados e a minha música...
Eu andava acabrunhado e só perdido e sem lugar.
Feito um galho seco arrastado pelo temporal.

Pensei até em enrolar minha bandeira e dar no pé.
Eu pensei até em jogar fora a minha história, os documentos e aquela fé.
Todos nós somos herdeiros do nada.
Frutos da união entre o desencanto e a canção.
Gerados no ventre da noite. Na dor da paixão.

Fazia tempo que o sol não derramava luz na minha vidraça.
Depois que tudo passa. O vento leva as nuvens negras noutra direção.

A dor e a paixão nasceram na noite.
Os sonhos são filhos da noite.
Senhorita de pernas bonitas.
Dá-me o prazer de mais uma dança?

Cavaleiro. Irmão de esperança. Já é quase amanhã...
Ainda bem que me restou o seu sorriso que me ilumina a alma.
Que me acalma quando é preciso.

E como eu preciso!

lino

Nenhum comentário: